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sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Unanimidade e Unidade






Unanimidade e Unidade


“Nem sempre podemos ter unanimidade, mas em tudo precisamos ter unidade.”


É com essa frase que começo minha reflexão, frase esta não de minha autoria, ouvida no final de uma reunião que participei. A palavra "unanimidade" vem do latim unanimis. Significa, simplesmente, que duas ou mais pessoas vivem com um (unus) só ânimo (animus). Quando a unanimidade, que é a completa concordância por todos, não se faz presente, vem à ideia de oposição, oposição que não se limita ao campo do poder público, político e partidário, é muito comum à oposição no nosso cotidiano, que às vezes nos vem em formas de críticas, entendo que a crítica pode ser motivada por razões positivas e negativas, e tem um sentido original de separar, selecionar e escolher, como já comentei em uma reflexão sobre ela.


A falta de unanimidade nos fortalece, pelo motivo que ela sempre é acompanhada por uma postura crítica de outrem, ou nossa, que nos faz refletir como estamos agindo sobre determinado assunto, postura crítica que nem sempre é exposta através de palavras, a falta de unanimidade nos auxilia, e quando compreendida e admitida ela pode-nos levar a tornamos uma postura flexível, uma frase do escritor pernambucano Nelson Rodrigues: “Toda unanimidade é burra,” muito conhecida em que já virou um jargão em nossa língua, uma frase de efeito, bem do estilo do polêmico escritor, que antecipadamente já digo que não concordo com ela, mas em muitos dos seus aspectos a frase nos revela que a presença da unanimidade pode expressar à falta de um pensamento reflexivo, analítico e crítico que pode nos conduzir a alienação, porém não podemos generalizar. Em alguns casos, sim, a unanimidade pode ser burra. É estupidez todos obedecerem cegamente a uma ordem, que vem não se sabe de onde, com finalidades obscuras, insensatas, inconfessáveis ou arbitrárias, em outros casos a unanimidade é a conclusão pensada, analisada e vista por todos com a mais correta e coerente, partindo de uma conclusão pessoal - individual para o coletivo.


Benjamim Disraeli, escritor e jurista, que também foi primeiro - ministro da rainha Vitória entre 1874 a 1880, ele dizia que “Nenhum governo pode ser sólido por muito tempo se não tiver uma oposição temível.”.


A falta de unanimidade nos faz ficar em um estado de alerta, que nos pode conduzir a uma atitude autocrítica, que pode também levar-nos a um caminho diferente, a uma mudança, não só em nós mesmos, mas também nos demais, permitindo que a unanimidade seja demonstrada por todos.


Revesti-vos, pois, como eleitos de Deus, santos e amados, de entranhas de misericórdia, de benignidade, humildade, mansidão, longanimidade;

Suportando-vos uns aos outros, e perdoando-vos uns aos outros, se alguém tiver queixa contra outro; assim como Cristo vos perdoou, assim fazei vós também.

E, sobre tudo isto, revesti-vos de amor, que é o vínculo da perfeição.

E a paz de Deus, para a qual também fostes chamados em um corpo, domine em vossos corações; e sede agradecidos.

A palavra de Cristo habite em vós abundantemente, em toda a sabedoria, ensinando-vos e admoestando-vos uns aos outros, com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando ao Senhor com graça em vosso coração.

E, quanto fizerdes por palavras ou por obras, fazei tudo em nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai. (Colossenses 3:12-17)


Nossas causas pessoais não devem se impor às causas do Evangelho e do Reino que sem sombra de dúvida são maiores que todos nós. Desejo que quando se falte à unanimidade, consenso e totalidade, motivados ou não por atitudes éticas, morais e Bíblicas, o Espírito de Deus sempre nos conduza a Unidade em Cristo.


Paulista 24/01/2014


Jailson Trajano.




quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Esperança..

Esperança.. 
           Há momentos em nossa trajetória que as perspectivas e expectativas são marcadas pela desesperança, e por inúmeras razões, inclusive a que se reporta a limitação humana e sua falibilidade, onde nos municiamos de um pessimismo e de um discurso apocalíptico (o que podemos fazer? Nossa vida é assim, Ninguém poderá mudar o que esta acontecendo!). Certamente o discurso da desistência, desistência de alguém ou um grupo derrotado antes que o combate inicie. Lembro-me de uma frase de Antonio Viera em um dos seus sermões que diz: “O peixe começa apodrecer pela cabeça”, o apodrecimento começa da cabeça para o resto do corpo. É sempre necessário ter esperança em Deus, esperança do verbo esperançar, não só do verbo esperar, aí é só pura espera, esperançar no sentido pleno do agir, do realizar, ir a buscar de melhores dias, agindo pelo Reino e para o Reino, nos remediando pela Fé em Cristo para impedir o apodrecimento, o definhar da esperança. Quando o presente não é capaz de suscitar esperança de mudanças no futuro, temos que buscar no passado, memórias capazes de suscitarem a nós o desejo de servir a Deus e descansar em suas promessas que são fiéis. Importante buscar também nossa identidade em experiências do passado para que possamos ter esperança.
 
        Finalizo esta reflexão com Salmo escrito por Davi, um ser humano tão falho como nós, porém tinha um coração contrito e um Deus que o impulsionava a seguir sempre em frente mesmo que o peso da desesperança caísse sobre suas costas e as correntes da incredulidade o puxassem para trás. Salmos 39.7:
“Agora, pois, Senhor, que espero eu? A minha esperança está em ti.”.

Deus está no controle de todas as coisas!
 

Jailson Trajano.
Paulista 21/01/2014.

sábado, 11 de janeiro de 2014

Momento de Reflexão: Críticas

Filosofemos um pouco.

Críticas.
 
Uma atitude crítica é inseparável da noção racional, sabemos que a crítica pode ser motivada por razões positivas e negativas, é comum, muito comum, agregarmos a postura crítica o “ser do contra”, dizer que nada vai bem, que tudo ou quase tudo esta errado, crítica e mau humor, e de gente rebelde, chata, presunçosa que acha que sabe mais do que os outros ou fazem melhor do que os demais. Mas não é isso que a palavra que dizer.

A palavra crítica vem do grego e possui três principais características fundamentais: A primeira, “para julgar, discernir e decidir corretamente”; segunda, “exame racional de todas as coisas sem preconceito e sem pré-julgamento”; e a última, é a atividade de examinar e avaliar detalhadamente uma ideia, um valor, uma atitude, um costume, um comportamento, um pensamento, uma obra artística, científica, filosófica e teológica

O sentido original da palavra “crítica” é separação, fazer uma escolha entre o que serve e o que não serve, é algo que tem lugar em nossos atos e na nossa vida e aquilo que não tem, então, a crítica é a capacidade de separar, selecionar, escolher o positivo do negativo. Quando exercemos uma postura crítica ou a utilizamos, exercemos nossa liberdade, nossa autonomia, de maneira individual ou coletiva, a crítica faz parte da defesa da fé e da exposição e defesa da verdade. Nem sempre ela é prazerosa e agradável, mas ela é necessária e imprescindível em muitos momentos.

Paulista 11/01/2014
Ev. Jailson Trajano.



Momento de Reflexão: Volúvel ou Flexível!?



Filosofemos um pouco.


Volúvel ou Flexível!?

A flexibilidade é capaz de alterar o modo como pensamos ou realizamos algo, é como uma palmeira do Líbano, que tem raízes profundas, mesmo com grandes tempestades de areia pode até inclina-se em outra direção, porém é firme. Uma pessoa flexível quando necessário inclina-se em outra direção de prática, atitude ou de pensamento, já a volúvel é solta, não tem raízes, muda por qualquer coisa seus pensamentos, atitudes e direções de prática.

A volubilidade é maléfica, danosa e pode torna-se um vício perigoso, porque entre tantas coisas, ela pode nos conduzir à insegurança em nossas atitudes, já a flexibilidade é uma grande qualidade que precisamos exercitar em nosso cotidiano, sem perder nossas raízes.

Finalizo a reflexão citando um Provérbio de Salomão: "Como é feliz o homem constante no temor do Senhor! Mas quem endurece o coração cairá na desgraça". Provérbios 28.14.

Paulista, 11/01/2014
Ev. Jailson Trajano

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

O Profundo; A Essência.







Em um mundo que carrega em si um sistema corrompido e corrupto, em que os valores mais altos e fundamentais são descartados, crucificados e invertidos, o egoísmo e a brutalidade reina, precisamos constantemente de muita cautela, cuidado e vigilância para não nos adaptarmos e satisfazermos com as aparências, isto é, com a superficialidade.

No mundo tão veloz e imediatista, que pode nos conduzir em vários instantes a termos formações apressadas, análises apressadas, condutas e posicionamentos apressados, atitudes, ideias e conceitos apressados, certamente isso traz uma gama enorme de superficialidade. Num mundo composto por uma sociedade nos quais somos participantes, sociedade que valoriza muito mais a capa do que o conteúdo, o rótulo em detrimento a essência, consequentemente valorizando mais as coisas do que as pessoas.

Não é sábio julgar pela aparência, e nem saudável vivermos em qual seja a esfera uma superficialidade.

Muitos hoje não se satisfazem com o mundo superficial, mundo em que se procura suprir essa carência, essa necessidade, a partir daquilo que é meramente aparente, uma representação, um mero engano, uma simples simulação do que seria a realidade, do que seria: “O Profundo; A Essência”.