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sexta-feira, 27 de julho de 2012

INRI – O que significa as iniciais, afixadas na Cruz de Cristo?



 INRI – O que significa as iniciais, afixadas na Cruz de Cristo? 

Em uma conversa entre amigos, foi interrogado acerca das inicias escritas em uma cruz no alto de uma capela católica. Por isso que resolvi falar sobre este assunto aqui no blog e ao mesmo tempo tentar responder e expor a luz da Bíblia à pergunta feita, farei algumas considerações importantes que nos agregará conhecimento.

Nos quatro evangelhos que narram a morte e ressurreição de Jesus, só o de Lucas Cap. 23.38 e João 19.20 nos informam a respeito da inscrição sobre a cruz de Cristo em três idiomas. Doutor Lucas escreve que as letras foram: Gregas, romanas e Hebraicas. João o evangelista diz que foram: hebraicas, gregas e latinas (romanas). Não quero aqui debater em que ordem o título foi colocado, pois quanto a isso há várias posições. 

Alguns sugerem que tenha sido primeiro em latim depois em grego e, por fim, em hebraico, por que Pilatos, que era o procurador romano na Judéia, de Samaria e parte da Iduméía, teria se encarregado de escrever primariamente o título.

Segundo fontes de pesquisas, este título era escrito numa tábua caiada de gesso, cujo costume mandava colocá-lo acima da cabeça do condenado a crucificação, quando este estava na cruz. Os historiadores fazem referências a estes costumes.

É dito no livro Dificuldades bíblicas e outros estudos, no qual o historiador Eusébio (H. Eccl. V. 1) fala da condenação do mártir Átalo (um escravo cristão) desta maneira: “Assim Átalo, o mártir, foi levado em volta do anfiteatro com uma tabuleta diante dele inscrita: ‘Este é Átalo, o cristão’.”

Houve várias terminologias empregadas pelos evangelistas. Matheus diz: “Este é Jesus, o Rei dos Judeus” (Mt 27.37); Marcos diz apenas : “O Rei dos Judeus” (Mc 15.26); Lucas , semelhantemente , afirma : “Este é o Rei dos Judeus” (Lc 23.38); e , finalmente, João declara : “Jesus Nazareno , Rei dos Judeus” (Jo 19.19). O testemunho mais aceito é o de João, por ter sido testemunha ocular do episódio da crucificação: “Ora Jesus, vendo ali sua mãe, e que o discípulo a quem ele amava [João] estava presente, disse a sua mãe: Mulher, eis aí o teu filho” (Jo 19.26). 

Há muitos que carregam crucifixos o INRI iniciais acima da cabeça de Cristo. INRI não era a inscrição real, mas é um acrônimo para "Iesvs Nazarenvs Rex Iudaeorvm." O sinal era conhecido como um titilum, ou título, e foi usado para descrever o crime do acusado.

Finalmente, respondendo à pergunta, as iniciais INRI formam uma abreviação latina da narrativa do evangelista João: “Jesus Nazareno, o Rei dos judeus” (Jo 19.19), que em latim se expressa: Iesus Nazarenus Rex Ludaeorum (INRI).

Graça e Paz à todos!
Ev.Jailson Trajano
Paulista, 27/07/2012.

REFERÊNCIAS:
• STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD;
• SOARES, Ferreira Ebenézer. Dificuldades bíblicas e outros estudos, Volume 2 . CPAD.

sexta-feira, 13 de julho de 2012

A Morte Para o Verdadeiro Cristão - Lição 3 - Subsídio para Lição Bíblica – 3º Trimestre 2012



Introdução:
  Certa vez em uma Igreja trouxe um sermão que tinha por título a única certeza da vida e a morte, e fui questionado após o termino do culto, por um ouvinte, que falou “No domingo a noite fala sobre a morte, será que na bíblia o senhor teria outro tema, mais leve”.

Como já disse em lições passadas, vivemos em uma sociedade materialista, egocêntrica e imediatista, que vez por outra procura fugir da realidade Bíblica, onde não é interessante falar sobre temas que teriam um conteúdo negativo, como por exemplo, pecado, inferno e a morte. Porém ela é uma realidade, para todos inclusive para o cristão, a morte alcança a todos, independente de posição social, raça, idade e religião. 

Não tem como participarmos de uma cerimônia fúnebre ou de um funeral sem refletimos sobre a vida. Vejamos que incógnita, diante de da realidade da morte é o momento que mais refletimos sobre a vida.
Como diz a Bíblia: Melhor é ir à casa onde há luto do que ir à casa onde há banquete, porque naquela está o fim de todos os homens, e os vivos o aplicam ao seu coração. Eclesiastes 7:2

Diante da morte observamos nosso fim e nossa limitação diante da nossa própria vida, como escreveu Tiago em sua carta no capitulo quatro, comparando a brevidade e fragilidade da vida com o vapor; Digo-vos que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque, que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco, e depois se desvanece. Tiago 4:14.

Morte e suas definições:
  
  A morte (do latim mors), o óbito (do latim obitu), falecimento (falecer+mento) ou passamento (passar+mento), ou ainda desencarne (deixar a carne) são termos que podem referir-se tanto ao cessamento permanente das atividades biológicas necessárias à manutenção da vida de um organismo, como ao estado desse organismo depois do evento. Para a medicina, é a cessação permanente da regulação cerebral das funções respiratórias, circulatórias e outras atividades reflexas, mantendo-se a vida apenas com recurso a dispositivos mecânicos que cometam essa falta.
  
A morte cerebral é definida pela cessão de atividade elétrica no cérebro. Porém, aqueles que mantêm que apenas o neo-córtex do cérebro é necessário para a consciência argumentam que só a atividade elétrica do neo-córtex deve ser considerada para definir a morte. Na maioria das vezes, é usada uma definição mais conservadora de morte: a interrupção da atividade elétrica no cérebro como um todo, e não apenas no neo-córtex, é adotada, como, por exemplo, na "Definição Uniforme de Morte" nos Estados Unidos. [A].

Definição Bíblica:

  A morte do heb. (תָּמֽוּת – maweth) e do gr. (θάνατος Thanatos), Wycliffe define “o término da vida natural ou animal; o estado de ter cessado de viver, aquela separação, violenta ou não, entre a alma e o corpo através da qual termina a vida de um organismo”. Todas as relações da pessoa com este mundo são tidas como encerradas.
Portanto a morte tem sida definida como a ”separação entre o corpo e alma, seguida do espírito do corpo’’, a transgressão humana em relação á vontade e ao mandamento de Deus, que causou uma ruptura no pacto, trouxe a morte com punição, castigo (Rm 5.12). A morte é conseqüência do pecado (Rm 6.23), onde teve sua origem, e é o resultado final (Gn 2.17; I Co 15.21,22,56; Tg 1.15).

Quando Deus criou a coroa de sua criação o homem, não criou para morrer. É o que entende da interpretação de Gênesis 2.17,18 com Senhor afirma que se Adão e Eva obedecessem a sua ordem eles não morreriam, porém por desobedecerem a morte entrou no mundo(Rm 6.23).

No campo teológico, principalmente da teologia sistemática tratam do tema morte, para depois abordarem o tema da ressurreição.

As Escrituras falam inúmeras da morte, em certos textos ela aparece personificada (Jó 28.22; I Cor 15.55; Apocalipse 20.14); de maneira figurada para ilustrar sua força e habilidade (Sl.18.5: Pv.13.14,Pv 14.27 e no livro de Eclesiastes que narra a morte como a separação entre a parte material e a imaterial do ser humano ( Ec 12.7), essa separação da alma e espírito do corpo escrita também em (Tg 2.26), pela qual o homem é introduzido no mundo invisível. Essa experiência descreve-se simbolicamente como “dormir” (Jo 11:11; Dt 31:16); “o desfazer da casa terrestre deste Tabernáculo” (II Co 5:1); “deixar este tabernáculo” (II Pe 1:14); “descer ao silêncio” (Sl 115:17); “expirar” (At 5:10); “tornar-se em pó” (Gn 3:19); e “partir” (Fp 1:23).

A Palavra de Deus reconhece a morte como resultado do pecado em consequência da queda do Éden. Com a entrada da morte no contexto humano, todas as consequências relacionadas a ela, tais como: a dor da perda e a separação sobrevêm a todos.

Não nos resta duvidas que segundo a Bíblia, o dom da vida para os cristãos não é uma existência finita, mais uma maneira salutar, e feliz de externamos a nossa bela historia de vida em comunhão com Deus vivo mediante a sua palavra. Por que Ele mesmo nos proporcionou através do seu filho Jesus nosso salvador e senhor a sua graça salvadora para prosseguirmos até o grande momento de nosso encontro com ele na eternidade.

Consequências da Morte:

   É impossível não refletimos diante da morte, não podemos negar que ela assusta por ela ser o fim da vida aqui na terra, mas ela também produz em nós sofrimentos pela separação e perda, como a de um ente querido ou de um amigo estimado e amado.

O luto do Latim LUCTUS, “dor, pesar, aflição”, de LUGERE, “lamentar, sofrer” é um conjunto de reações a uma perda significativa, geralmente pela morte de outro ser. Segundo John Bowlby quanto maior o apego ao objeto perdido (que pode ser uma pessoa, animal, fase da vida, status social...) maior o sofrimento do luto. O luto tem diferentes formas de expressão em culturas distintas. [B]

Em certas circunstâncias o sentimento de luto pode ser agravar, como por exemplo, (morre uma criança, adolescente, um adulto no ápice de sua vida), ou quando a morte é trágica ou incompreensível (Suicídio, acidentes ou assassinatos). Dependência do morto para com uma pessoa que ficou viúva, tema que abordaremos em lições futuras, ou ainda promessas que o morto tenha exigido para depois de sua morte, como uma pessoa viúva não se casar de novo. Essas são algumas situações e dentre muitas outras que não citei que possam agravar o momento de separação e perda.

Ao nascermos de novo fomos salvos da morte espiritual (Ef 2.1,5) e da morte eterna (Ap 2.11), porém não da morte física (Rm 3.23).

Ser cristão não significa que não poderemos passar por essa experiência. Sem dúvida, como seres humanos, nós sentimos a dor da perda, da separação. As Escrituras não se opõem ao luto, mas, sim, à atitude de se deixar ser consumido pelo luto.
Nas palavras do apóstolo Paulo, podemos ficar “abatidos, mas não destruídos”. E mais: podemos ser “atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados; perseguidos, mas não desamparados” (2 Co 4.8,9).

Em Deus encontramos conforto para as nossas dores e sofrimentos (Sl 46.1). [C]
A
 Bíblia nos ensina o que devemos buscar o consolo de Deus (Jo 15.26) através do Espírito Santo o nosso paracleto, ajudador e consolador, entendendo que tudo está debaixo da vontade do Senhor e ter esperança por que em Cristo a nossa Fé ultrapassa os limites do tumulo, os limites da morte. (I Ts 4.13,14); (I Co 15.19); Ap 21.4).

Conclusão:
  
Com iniciei falando de um sermão que trouxemos no púlpito de uma igreja, onde o tema era “A única certeza da vida é a morte”, entendemos mediante a Palavra de Deus que a morte é uma realidade para todos, inclusive para os que professam sua fé em Cristo, que ela é a consequência do pecado original, transmitida a todo ser vivo. Que a morte não é uma passagem para outra vida em outro mundo em outro plano ou uma desencarnação de um espírito que vaga de corpo em corpo buscando reencarnar para uma dita plenitude ou aperfeiçoamento de um carma espiritual. A morte não é o ponto final da história do homem. Mais o inicio de sua eternidade com Deus ou sem Deus.

A minha Fé esta abalizada naquilo que a Bíblia diz, e ela fala que a o ser humano é facultado morrer uma vez E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez, vindo depois disso o juízo. (Hebreus 9:27).

Portanto, a morte não é o término de tudo, é o início da eternidade (Lc 16.22). Aos que morreram em Cristo, está reservada a bem aventurança dos céus (Ap 14.13); a eternidade com ELE; quanto aos ímpios, serão lançados no lago de fogo, que é a segunda morte (Hb 9.27; Ap 20.11-15). A eternidade sem ELE o nosso Senhor Jesus.

 A minha única certeza na vida e que pela fé venceremos a morte e viveremos na eternidade com Cristo, espero que a sua também.

Termino como o poema do saudoso irmão em Cristo, radialista, político, jornalista, advogado e escritor Gióia Junior.

Eu sei que meu Redentor vive
Gióia Júnior

Onde estou? eu não sei -
e nem sei onde estive
e nem onde estarei -
mas eu sei que Ele vive!

E como sei que vive
o meu Senhor e Rei,
sei que com Ele estive
e com Ele estarei!

Se há razão que motive
a paz, eis sua lei:
o meu Redentor vive
e eu também viverei!

Boa aula e Paz em Cristo!

Ev. Jailson Trajano
Paulista- PE 13/07/2012

REFERÊNCIAS
• STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD
• VINE, W. E et al. Dicionário Vine. CPAD
• ANDRADE, Claudionor de. Dicionário Teológico. CPAD.
• KASCHEL, Werner; ZIMMER, Rudi: Dicionário Da Bíblia De Almeida. 2 ed. 2005, SBB.
• COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Vencendo as aflições da vida. CPAD.
• CHAMPLIN, R.N. O Novo Testamento Interpretado versículo por Versículo. HAGNOS.
• CHAVE Palavras, Bíblia de Estudo Hebraico e Grego. RJ – CPAD, 2011.
• SOCIEDADE BÍBLICA DO BRASIL. Concordância Exaustiva Do Conhecimento Bíblico. 2005
• GEISLER, Norman. Teologia Sistemática Volume 2 . RJ – CPAD, 2005
• WYCLIFFE. Dicionário Bíblico.  RJ – CPAD, 2010.
[C]. http://www.rbc1.com.br/licoes-biblicas/index

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segunda-feira, 9 de julho de 2012

Assembleia de Deus Abreu e Lima - PE Como Novo Portal.


Assembleia de Deus Abreu e Lima - PE Com o Novo Portal.
Informações, Notícias, Agenda, e muito mais.
 Acesse o novo Portal da IEADALPE -
http://www.comadalpe.org/portal/

quinta-feira, 5 de julho de 2012

A Enfermidade Na Vida Do Crente. Lição 2 - Subsídio para Lição Bíblica – 3º Trimestre 2012



A Enfermidade Na Vida Do Crente.

Durante meu ministério tenho orado por pessoas enfermas que por graça de Deus ficaram sãs.Entretanto, muitas delas continuaram doentes, e alguns chegaram a morte, entre elas minha própria mãe que faleceu há quase 10 anos e uma tia recentemente, acometidas de enfermidades e males irreversíveis.

Nos dados mostrados pela pesquisa do IBGE constatou que 22,2% do país está inserido nas crenças das igrejas de missão e pentecostais, dentre outras que pregam o evangelismo. O salto de 6,8%, em relação ao levantamento do ano 2000, se torna ainda maior se voltarmos ao ano de 1940, quando os evangélicos entraram na pesquisa e apareciam apenas com 2,6%. Ou seja, em pouco mais de 70 anos, cresceram 20,4%. Hoje já somos 22,2% da população brasileira.

É importante entendermos que a proporção de evangélicos nos hospitais acompanha o crescimento de evangélicos no país. As doenças não fazem distinção religiosa.

Como é possível um cristão genuíno ficar doente? Absolutamente, é mais que possível. É natural.

Para muitos evangélicos no Brasil, os crentes só ficam enfermos e não são curados por falta de fé em Deus. Entretanto apesar do ensino popular de que a fé em Deus nos cura de todas as enfermidades, os hospitais e clinicas estão cheias de evangélicos de todas as denominações. 

Será que podemos afirmar que todos, sem excluir ninguém, estão passando por algum tipo de enfermidade por que pecaram contra Deus e ficaram vulneráveis a ação dos demônios e não têm fé suficiente para ter a saúde restabelecida?!

Este é o motivo que muitos evangélicos que estão acometidos de enfermidades, ou têm amigos, parentes evangélicos que adoeceram, entram numa crise de fé. Muitos decepcionados com sua falta de melhora, ou com a perda de crentes fiéis, passam a não crer mais em nada e alguns abandonam suas igrejas e o próprio evangelho, em contrapartida outros passam a serem marcados pelas incertezas e dúvidas.

A Teologia Do Sofrimento.
É imprescindível que o crente fiel terá em sua caminhada terrena provações, lutas e flagelos, isso não podemos negar; é fato declarado e constatado nas Escrituras Sagradas.

O Sofrimento Humano Segundo A Bíblia

Os escritores denunciam o sofrimento como à inevitável consequência do pecado original. Ressalta o teólogo americano A.R.Crabtree:

“O pecado sempre acarreta o reconhecimento da culpa e a justiça da punição do pecador. A culpa significa que o pecado cometido merece censura e punição”

Se Adão e Eva buscavam a onisciência (que só Deus pertence). Perderam por completo a inocência, vendo-se, a partir daí, obrigados a conviver com uma consciência culpada, que jamais deixou de acusá-los devido a sua desmesurada soberba. 

Além de arcarem com todo o peso de seu pecado, deixaram aos seus descendentes uma herança que se multiplicaria em lamentos inconsoláveis. Como escapar a esse legado?

Certa vez um historiador assim resumiu a vida do ser humano: “Nasceram, sofreram, morreram”. Em apenas três palavras, todo sumário de nossa existência. Como o apostolo Paulo disse para os filósofos na Grécia antiga e pleno areópago: “Por ele vivemos e nos movemos e existimos. Somente Cristo nosso Senhor pode arrancar-nos a este sofrimento.

O sacrifício de Cristo nos livra do poder do pecado, isto não quer dizer que perdemos a capacidade de pecar ou que nossa natureza pecaminosa deixou de existir após a nossa conversão a Cristo, assim também o sacrifício vicário de Jesus concede a possibilidade de cura física, mas sem significar que, uma vez salvos em Cristo, não podemos pecar mais sofrer enfermidades ou que Deus nos curará sempre de toda doença.

E importante saber que na eternidade não teremos mais a possibilidade de pecar, pois nossa natureza pecaminosa terá sido destruída, também não ficaremos doentes, pois teremos nossos corpos glorificados. (I Cor 15.51-54)
Estamos sujeitos ainda a pecar por que até agora temos a natureza pecaminosa que herdamos da queda. Da mesma forma, porque ainda temos esse corpo cheio de limitações decorrentes da queda, estamos sujeitos a enfermidades durante a nossa vida na terra.

Portanto, como filhos de Adão, todos estamos sujeitos as enfermidades aqui na terra; mas, como filhos de Deus por adoção através de Cristo, todos os que crêem sabem que nunca mais estaremos sujeitos a elas na Eternidade (Ap 21.2-5).

1- O Sofrimento No Antigo Testamento.

Nas escrituras hebraicas, ãwen é uma das palavras mais usadas para descrever o sofrimento em suas diversas manifestações: tristeza, vazio, mal. A palavra é utilizada também para qualificar outras coisas tidas como extensão do sofrimento humano: idolatria e iniqüidade.

Encontramos inúmeros exemplos de homens e mulheres de Deus que sofreram enfermidades. Por exemplo, o profeta Eliseu segundo (2Rs 13:14) “ estando Eliseu padecendo da enfermidade de que havia de morrer.

O grande servo de Deus Isaque, que sofria de vista quando ficou velho, a o ponto de não saber distinguir entre Jacó e Esaú conforme esta em (Gn27:1).
Temos ainda o caso de Jó, que diretamente e indiretamente os teólogos foram instigados abordar o sofrimento do justo, a partir do livro que tem o seu nome.

Ele mesmo sendo justo, fiel e temente a Deus, foi afligido durante vários meses por uma enfermidade, que a Bíblia descreve como infligida por satanás, com a permissão de Deus (Jó 2:7-8).

Além do mais, o pecado de seus três amigos– Elifaz, Bildade e Zofar – consistia em atribuir as enfermidades e todos os males que sobrevieram á Jó. Um suposto pecado oculto do patriarca, por que, na teologia equivocada deles, um crente realmente “sincero, reto e temente a Deus” e que “desviava-se do mal” não poderia, de forma alguma, ser atingindo por tais calamidades, como sabemos, eles estavam absolutamente errados.

Mesmo assim ainda hoje, a despeito do testemunho bíblico, a teologia dos amigos de Jó ainda é muito influente entre muitos cristãos.

Resultado de uma teologia pós – moderna e triunfalista. Destacando essa crise de interpretação bíblica que vivemos hoje, como já abordei no comentário da lição anterior.
Além destes exemplos citados acima, temos o Salmo 73, no qual o levita Asafe questiona a Deus diante da prosperidade do ímpio e da aparente infelicidade do justo. Já no Salmo 37, o tema é tratado de forma a mostrar que a prosperidade dos malvados é apenas aparente.

 2- O Sofrimento Novo Testamento.

No Novo testamento esta é a palavra grega que designa o sofrimento: pathema.

Na versão corrigida de Almeida, é traduzida por “aflição”. Utiliza-a Paulo na segunda epístola a Timóteo: Tu, porém, tens seguido a minha doutrina, modo de viver, intenção, fé, longanimidade, caridade, paciência, perseguições e aflições tais quais aconteceram em Antioquia, em Icônio e em Listra; quantas perseguições sofri, e o Senhor de todas me livrou” (2 TM 3.11).

Dos relatos que o apóstolo faz as suas tribulações a angústias, principalmente no capitulo II da segunda epístola aos Coríntios, não há como negar a força e a significância do vocábulo pathema.

A palavra também encontrada em Hebreus 10.32, e em Primeira Pedro 4.13. No primeiro texto, o autor sagrado exorta aos seus leitores a se lembrassem dos dias passados, mos quais experimentaram grandes e intensas aflições, inclusive o espólio de Deus a alegrar-se no fato de sermos participantes dos sofrimentos de nosso Senhor Jesus Cristo.

Indiscutivelmente, o maior exemplo de sofrimento, não somente das escrituras, mas de toda a história, foi O filho de Deus.
No compêndio da nova aliança temos também inúmeros exemplos a citar: O de Timóteo, que o próprio apóstolo Paulo recomendou- lhe um remédio caseiro por causa de problemas estomacais e enfermidades frequentes: “Não continues a beber somente água: usa um pouco de vinho, por causa do teu estomago e das freqüentes enfermidades” (1Tm 5:23).

No final de seu ministério Paulo registra a doença de um amigo por nome de Trófimo, que ele mesmo não conseguiu curar: (2 Tm 4:20).
Em (Fp 2:26-27) fala de Epafrodito que estava angustiado porque adoeceu mortalmente: Deus porém se compadeceu dele e também do apóstolo Paulo que foi consolado.
  
O próprio Paulo padecia do que chamou “espinho da carne”, que apesar dele suplicar a Deus através de suas orações, Deus não atendeu, e o apóstolo continuou a padecer desse mal (2 Cor 12:7-9).

Existem várias opiniões quando á natureza desse espinho, a mais defendida e que tem a maior probabilidade de está correta, é que se tratava de oftalmia crônica (Problema sério na visão), que se tratava da mesma enfermidade da qual ele padeceu em Gálatas (Gl 4:13-14), pois logo em seguida Paulo diz “ dou testemunho de que, se possível fora, teríeis arrancado os próprios olhos para mos dar” (Gl 4:15). A letra normalmente grande de Paulo (Gl 6.11) talvez se devesse á visão fraca. Talvez fosse essa a razão por que ditava suas cartas à ajudantes.

No seu ministério terreno Jesus respondendo aos seus discípulos no episódio da cura do cego de nascença, se opôs a essa teologia absurda de que todo tipo de sofrimento seria resultado direto do pecado pessoal (Jo 9.1-5). Ele também disse que no mundo tereis aflições (Jo 16.33).

3- O Sofrimento Na História Da Igreja.

Na história da Igreja nem mesmo cristão que tinha destaque e contribuíram para a propagação do evangelho escaparam das doenças e dos males. João Calvino era um homem acometido com freqüência de várias enfermidades.

Edward Irving, chamado pai do movimento carismático, grande pregador que acreditava que Deus estava restaurando na terra os dons apostólicos, inclusive o da cura divina. Ainda jovem, contraiu uma doença fatal. Morreu doente, sozinho, frustrado e decepcionado com Deus.

Mais recentemente morreu John Wimber, fundador do movimento da videira e do entendimento moderno sobre “sinais e prodígios”, ele acreditava que pela fé em Cristo o crente jamais ficaria doente. Morreu em 1997 de câncer na garganta.

 No Brasil lideres de cura pela fé tem ficado doentes, poderíamos citar inúmeros exemplos destes que defendem esta teologia. Que buscam corrigir defeitos de ordem patológica com médicos e especialistas nos maiores centros médicos do Brasil e do mundo, não parece uma contradição?

Homens que defendem a cura pela fé, que defendem que podemos determinar através desta fé a nossa cura ou a nossa total prosperidade, e que ensinam que crentes não podem ficar doentes. Retirando toda soberania e poder de Deus e transferindo para o ser humano.

4- O Sofrimento Segundo a Filosofia

No terreno da filosofia não encontraremos unanimidade quanto á origem e ao propósito do sofrimento; é problema que o saber especulativo ainda não logrou resolver. Em cada cabeça uma opinião; em cada época, uma tendência que, por mais inovadora, sempre acaba por recair num entediante mesmismo.

A preocupação da filosofia.
Embora não conte com a revelação divina, conforme a encontramos na Bíblia, a filosofia não ignora ter sobrevindo o mal sobre a humanidade em consequência de algo terrível cometido contra Deus.

 Todo este sofrimento, porém, é revertido quando o homem recebe Cristo como Salvador de sua vida. Somente Ele pode anular os efeitos do pecado sobre nosso ser. E esta possibilidade, infelizmente, a filosofia nem sempre reconhece, pois, desprezando a revelação divina, apega-se doentiamente a uma razão viciada e cega.

5 - Origens Das Enfermidades

As enfermidades podem ter sete procedências. Elas podem ser:

1) Decorrentes diretamente de comportamentos nosso.(abusos com alimentação, estilo de vida).
2) Resultado de fatores genéticos.
3)Fruto de forma geral, das circunstâncias naturais a que estamos sujeitos neste mundo. (epidemias e ferimentos em acidentes).
4)Resultado de ação maligna.
5) Uma sentença divina.
6) Ou um mal de origem psicossomática.( Estresse, angústias, depressão etc.).
7) Efeitos naturais do envelhecimento do corpo.

6- Como Lidar Com As Enfermidades Á Luz Da Bíblia

Ter em mente as verdades Bíblicas, reconhecendo que, é uma realidade que as enfermidades fazem parte de nossa vida neste mundo.

O Cristão sincero deve esta consciente de que Deus pode curá-lo se houver fé em Jesus para curar, por que Ele pode fazer de imediato ou muito tempo depois de se buscar a sua presença buscando e pedindo um milagre. Não deixando também de buscar também um tratamento clínico.

 Há ainda crentes que pensam que tomar medicamentos e ir aos médicos é sinal de falta de fé. Terrível engano! Uma cosia é não ter fé, e outra bem diferente é Deus não curar pela sua soberana vontade.  

Constatada e diagnosticada a doença, espera-se que o crente em Cristo peça primeiro a Deus a intervenção divina, mas se esta não acontece, ele deve procurar naturalmente um tratamento clínico.

Lembrando que Deus pode usar os métodos naturais de tratamento para operar a cura. O próprio Jesus asseverou que os doentes precisam de médicos (Lc 5.31). Deus também usa médicos para abençoar pessoas.

Concluindo, Deus sabe o que faz, Ele faz o que quer. Se em nossa vida, desencadeia alguma tormenta, tem esta um imensurável valor pedagógico.  
O Nosso Deus está sempre perto não importando a experiência dolorosa que vivemos, Ele nos ama e tem consolações tremendas para conceder em meio ás crises em nossas vidas.

Termino com a frase do Pastor Claudionor de Andrade;

"Das crises, forja o Senhor Jesus os seus santos."
Oh! Maravilhosa graça!

Por Ev. Jailson Trajano
Paulista 04 de julho 2012.

Bibliografia

ANDRADE, Claudionor de – Jó – O problema do sofrimento do justo e o seu propósito. RJ – CPAD, 2002.

PENTECOSTAL Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD 1995.
COELHO Alexandre, DANIEL Silas. Vencendo as aflições da via. Rio de Janeiro, CPAD 2012.

HALLEY, Manual Bíblico de – Nova Versão Internacional. SP – Editora Vida,2011.

ZUCK, Roy B. – Teologia do Antigo Testamento. RJ – CPAD, 2009.

NICODEMUS, Augustus. O Ateísmo Cristão e outras ameaças à Igreja. SP – Mundo Cristão, 2011.

CHAVE Palavras, Bíblia de Estudo Hebraico e Grego. RJ – CPAD, 2011.


Acesse nossas postagens com os nossos subsídios para lições da EBD deste trimestre nos links abaixo: 

Lição 1 - No Mundo Tereis Aflições.