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domingo, 31 de março de 2013

Poder da Mídia



Estudo do BID relaciona novelas a divórcios no Brasil

Um estudo do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) sugere uma ligação entre as populares novelas da TV Globo e um aumento no número de divórcios no Brasil nas últimas décadas. Na pesquisa, foi feito um cruzamento de informações extraídas de censos nos anos 70, 80 e 90 e dados sobre a expansão do sinal da Globo – cujas novelas chegavam a 98% dos municípios do país na década de 90. Segundo os autores do estudo, Alberto Chong e Eliana La Ferrara, “a parcela de mulheres que se separaram ou se divorciaram aumenta significativamente depois que o sinal da Globo se torna disponível” nas cidades do país. Além disso, a pesquisa descobriu que esse efeito é mais forte em municípios menores, onde o sinal é captado por uma parcela mais alta da população local.

Os resultados sugerem que essas áreas apresentaram um aumento de 0,1 a 0,2 ponto percentual na porcentagem de mulheres de 15 a 49 anos que são divorciadas ou separadas. "O aumento é pequeno, mas estatisticamente significativo", afirmou Chong. Os pesquisadores vão além e dizem que o impacto é comparável ao de um aumento em seis vezes no nível de instrução de uma mulher. A porcentagem de mulheres divorciadas cresce com a escolaridade. O enredo das novelas frequentemente inclui críticas a valores tradicionais e, desde os anos 60, uma porcentagem significativa das personagens femininas não reflete os papéis tradicionais de comportamento reservados às mulheres na sociedade. Foram analisadas 115 novelas transmitidas pela Globo entre 1965 e 1999. Nelas, 62% das principais personagens femininas não tinham filhos e 26% eram infiéis a seus parceiros.

Nas últimas décadas, a taxa de divórcios aumentou muito no Brasil, apesar do estigma associado às separações. Isso, segundo os pesquisadores, torna o país um “caso interessante de estudo”. Segundo dados divulgados pela ONU, os divórcios pularam de 3,3 para cada 100 casamentos em 1984 para 17,7 em 2002. “A exposição a estilos de vida modernos mostrados na TV, a funções desempenhadas por mulheres emancipadas e a uma crítica aos valores tradicionais mostrou estar associada aos aumentos nas frações de mulheres separadas e divorciadas nas áreas municipais brasileiras”, diz a pesquisa.

Fonte: BBC Brasil

 Minha opinião:

Não só através da pesquisa realizada pelo (BID), mas em nosso cotidiano percebemos que a mídia tem um enorme poder de influência, até agenda presidencial já foi alterada devido à exibição do último capitulo de uma novela em nosso país, poderia citar inúmeros exemplos da força da mídia sobre a massa, porém deixo para vocês leitores e telespectadores observarem estes exemplos e realizarem individualmente este exame.

Os meios de comunicação, rádio, TV, cinema e internet influenciam em vários aspectos da nossa vida: comportamental, profissional, comercial. Desde programas de entretenimento até os mais informativos têm grande poder de persuasão e influenciam em nossas decisões. Novelas ditam modas, notícias causam reviravolta nos mercados e na política, e a publicidade nos diz qual é o melhor produto a ser consumido e etc.

Como disse George Orwell:
  "A massa mantém a marca, a marca mantém a mídia e a mídia controla a massa”.

O fato é que nem sempre estamos conscientes dessa “ditadura” que permeia nossas mentes e comportamento.

Segundo a filosofa Marilena Chauí : “A produção ideológica da ilusão social tem como finalidade fazer com que todas as classes sociais aceitem as condições em que vivem, julgando-as naturais, normais, corretas, justas, sem pretender transformá-las ou conhecê-las realmente, sem levar em conta que há uma contradição profunda entre as condições reais em que vivemos e as ideias”.

Ao longo da história a busca pela realização do desejo, prazer, por um espaço no meio social, pelo reconhecimento, pela liberdade e valorização é inato a todo ser humano, é importante frisar que em alguns casos a ação da mídia só desperta ou aflora tudo isso, porém a mídia além de servir com gatilho de disparo, desencadeando inúmeras celeumas sociais proporciona a quebra dos valores morais e éticos de uma sociedade, não só isso, como também a mídia continua a influenciar posteriormente, através dos seus conteúdos.

Agora por trás da mídia existem pessoas que determinam todo conteúdo; da notícia, da informação, do entretenimento que venha a ser vinculada ao público, a mídia por si só não funciona de forma isolada, metaforicamente falando, não é carregada e disparada sozinha, de maneira aleatória ou acidental.

Não podemos ignorar a importância do meio de comunicação de massa caso seja utilizada de forma mais ética e consciente. A mídia deve contribuir para valorização social, familiar, política e cultural, a promoção dos direitos humanos, no acesso à informação, no combate a todo tipo de violência, entre outros. Grifo meu: “contribuir” não manipular ou influenciar a massa.

A Palavra de Deus, que é o manual de conduta, regra e fé de todo cristão, fala em Salmos que não devemos colocar coisas más diante de nossos olhos, o apostolo Paulo diz em sua carta à igreja de Corinto; “Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam”, portanto mesmo tendo o conhecimento deste poder que a mídia possui, cabe a cada um determinar e decidir o que ver assistir, ouvir e ler. 

Que tudo seja para nossa edificação e para Glória de Deus!

Paulista, 31/03/2013
Por Jailson Trajano

terça-feira, 26 de março de 2013

Você Sabia?

A primeira externa de TV do mundo

A foto que ilustra este post é uma raridade. É o carro de externas da televisão alemã, o primeiro veículo do gênero no mundo com o qual teria sido realizada a célebre transmissão em circuito fechado das olimpíadas de Berlim em 1936. A foto foi publicada no Brasil com exclusividade pelo semanário Pan (16/01/1936), ilustrando matéria de A. Castellani, originalmente veiculada no magazine “Sapere” de Milão. A legenda nos informa que se trata de “auto-portatil para a transmissão televisiva por ocasião da abertura da exposição de rádio de Berlim”. Veículos semelhantes a este só estariam disponíveis no mercado mundial de televisão na década de 50.

 

Naquele tempo a televisão ainda era um projeto experimental. Tecnologia que estava sendo desenvolvida simultaneamente por Jenkins, Westinhouse e RCA nos Estados Unidos, BBC na Inglaterra, Fernseh na Alemanha e SAFAR e EIAR na Itália. Transmissões em circuito fechado já ocorriam desde que o tubo de raios catódicos de Braun viabilizara a imagem sem chuviscos, porém o desenvolvimento de um veículo para imagens externas, de olho nos Jogos Olímpicos, ao que se sabe, essa foi primazia dos alemães. A imagem nos revela um caminhão com escada para acesso dos operadores, cercado para proteção e reparem, atrás da câmera, uma antena elevada para o link. Um cabo conecta o equipamento a um ponto de distribuição de energia em terra.

 

O problema como se vê não estava na geração de imagens, que naquele momento já atingira um estágio tecnológico muito próximo do constatado nos primórdios da TV nos Estados Unidos e Inglaterra logo após o fim da guerra, ou seja, uma década mais tarde. O problema estava no receptor. Em 1936 a TV ainda continuava sendo pensada como uma extensão do rádio. Castellani, o especialista italiano aqui referido imaginava “um rádio-receptor especial de onda ultra-curta para captar as ondas que transmitem as imagens e, portanto, assim poder acionar o televisor”.

 

Didaticamente explicava como seria o veículo: “Poder-se-á assistir na própria casa a qualquer acontecimento esportivo, artístico, etc que tenha lugar na própria cidade ou algures… O escopo da televisão é difundir circularmente por meio do rádio, imagens vivas próprias de uma cena teatral (radiovisão), ou de um filme (radiofilme) … da mesma forma como hoje se difundem radiofonicamente uma comedia ou acontecimento esportivo”. O rádio com imagem ainda era um projeto e não animava nenhuma empresa para sua fabricação em série. O advento da guerra agravava o quadro: as empresas do setor doravante convocadas e direcionadas para a manutenção da infra-estrutura bélica.

 

sábado, 16 de março de 2013

Você sabia?




                              Switch/Switcher


Switch: pronuncia- se suíte. Segundo alguns autores escreve-se switcher.  Sala onde ficam vários aparelhos de TV e equipamentos de recepção e transmissão de imagem e som, onde passam vídeos (ao vivo) ou vídeos teipes (gravados), com diretores de vídeo e montadores, controlando a gravação ou transmissão, e montando o que vai para o ar, ou que vai ser gravado.
Por Jailson Trajano.