Introdução:
Certa
vez em uma Igreja trouxe um sermão que tinha por título a única certeza da vida
e a morte, e fui questionado após o termino do culto, por um ouvinte, que falou
“No domingo a noite fala sobre a morte, será que na bíblia o senhor teria outro
tema, mais leve”.
Como
já disse em lições passadas, vivemos em uma sociedade materialista, egocêntrica
e imediatista, que vez por outra procura fugir da realidade Bíblica, onde não é
interessante falar sobre temas que teriam um conteúdo negativo, como por
exemplo, pecado, inferno e a morte. Porém ela é uma realidade, para todos
inclusive para o cristão, a morte alcança a todos, independente de posição
social, raça, idade e religião.
Não
tem como participarmos de uma cerimônia fúnebre ou de um funeral sem refletimos
sobre a vida. Vejamos que incógnita, diante de da realidade da morte é o
momento que mais refletimos sobre a vida.
Como
diz a Bíblia: Melhor é ir à casa onde há
luto do que ir à casa onde há banquete, porque naquela está o fim de todos os
homens, e os vivos o aplicam ao seu coração. Eclesiastes 7:2
Diante
da morte observamos nosso fim e nossa limitação diante da nossa própria vida,
como escreveu Tiago em sua carta no capitulo quatro, comparando a brevidade e
fragilidade da vida com o vapor; Digo-vos
que não sabeis o que acontecerá amanhã. Porque, que é a vossa vida? É um vapor
que aparece por um pouco, e depois se desvanece. Tiago 4:14.
Morte e suas definições:
A
morte (do latim mors), o óbito (do latim obitu), falecimento (falecer+mento) ou
passamento (passar+mento), ou ainda desencarne (deixar a carne) são termos que
podem referir-se tanto ao cessamento permanente das atividades biológicas
necessárias à manutenção da vida de um organismo, como ao estado desse
organismo depois do evento. Para a medicina, é a cessação permanente da
regulação cerebral das funções respiratórias, circulatórias e outras atividades
reflexas, mantendo-se a vida apenas com recurso a dispositivos mecânicos que cometam
essa falta.
A morte cerebral é definida pela cessão de
atividade elétrica no cérebro. Porém, aqueles que mantêm que apenas o
neo-córtex do cérebro é necessário para a consciência argumentam que só a
atividade elétrica do neo-córtex deve ser considerada para definir a morte. Na
maioria das vezes, é usada uma definição mais conservadora de morte: a
interrupção da atividade elétrica no cérebro como um todo, e não apenas no
neo-córtex, é adotada, como, por exemplo, na "Definição Uniforme de
Morte" nos Estados Unidos. [A].
Definição Bíblica:
A
morte do heb. (תָּמֽוּת – maweth) e do gr. (θάνατος –
Thanatos),
Wycliffe define “o término da vida natural ou animal; o estado de ter cessado
de viver, aquela separação, violenta ou não, entre a alma e o corpo através da
qual termina a vida de um organismo”. Todas as relações da pessoa com este
mundo são tidas como encerradas.
Portanto
a morte tem sida definida como a ”separação entre o corpo e alma, seguida do espírito
do corpo’’, a transgressão humana em relação á vontade e ao mandamento de Deus,
que causou uma ruptura no pacto, trouxe a morte com punição, castigo (Rm 5.12). A morte é conseqüência
do pecado (Rm 6.23), onde teve sua origem, e
é o resultado final (Gn 2.17; I Co 15.21,22,56; Tg 1.15).
Quando
Deus criou a coroa de sua criação o homem, não criou para morrer. É o que
entende da interpretação de Gênesis 2.17,18 com Senhor afirma que se Adão e Eva
obedecessem a sua ordem eles não morreriam, porém por desobedecerem a morte
entrou no mundo(Rm 6.23).
No
campo teológico, principalmente da teologia sistemática tratam do tema morte,
para depois abordarem o tema da ressurreição.
As
Escrituras falam inúmeras da morte, em certos textos ela aparece personificada
(Jó 28.22; I Cor 15.55; Apocalipse 20.14); de maneira figurada para ilustrar
sua força e habilidade (Sl.18.5: Pv.13.14,Pv 14.27 e no livro de Eclesiastes que
narra a morte como a separação entre a parte material e a imaterial do ser
humano ( Ec 12.7), essa separação da alma e espírito do corpo escrita também em
(Tg 2.26), pela qual o homem é introduzido no mundo invisível. Essa experiência
descreve-se simbolicamente como “dormir” (Jo 11:11; Dt 31:16); “o desfazer da
casa terrestre deste Tabernáculo” (II Co 5:1); “deixar este tabernáculo” (II Pe
1:14); “descer ao silêncio” (Sl 115:17); “expirar” (At 5:10); “tornar-se em pó”
(Gn 3:19); e “partir” (Fp 1:23).
A Palavra de Deus reconhece a morte como resultado do pecado em consequência da
queda do Éden. Com a entrada da morte no contexto humano, todas as consequências
relacionadas a ela, tais como: a dor da perda e a separação sobrevêm a todos.
Não nos resta duvidas que segundo a Bíblia, o
dom da vida para os cristãos não é uma existência finita, mais uma maneira
salutar, e feliz de externamos a nossa bela historia de vida em comunhão com
Deus vivo mediante a sua palavra. Por que Ele mesmo nos proporcionou através do
seu filho Jesus nosso salvador e senhor a sua graça salvadora para
prosseguirmos até o grande momento de nosso encontro com ele na eternidade.
Consequências da Morte:
É
impossível não refletimos diante da morte, não podemos negar que ela assusta
por ela ser o fim da vida aqui na terra, mas ela também produz em nós
sofrimentos pela separação e perda, como a de um ente querido ou de um amigo
estimado e amado.
O
luto do Latim LUCTUS, “dor, pesar, aflição”, de LUGERE, “lamentar, sofrer” é um conjunto de reações a uma perda
significativa, geralmente pela morte de outro ser. Segundo John Bowlby quanto
maior o apego ao objeto perdido (que pode ser uma pessoa, animal, fase da vida,
status social...) maior o sofrimento do luto. O luto tem diferentes formas de
expressão em culturas distintas. [B]
Em
certas circunstâncias o sentimento de luto pode ser agravar, como por exemplo, (morre
uma criança, adolescente, um adulto no ápice de sua vida), ou quando a morte é trágica
ou incompreensível (Suicídio, acidentes ou assassinatos). Dependência do morto
para com uma pessoa que ficou viúva, tema que abordaremos em lições futuras, ou
ainda promessas que o morto tenha exigido para depois de sua morte, como uma
pessoa viúva não se casar de novo. Essas são algumas situações e dentre muitas
outras que não citei que possam agravar o momento de separação e perda.
Ao
nascermos de novo fomos salvos da morte espiritual (Ef 2.1,5) e da morte eterna
(Ap 2.11), porém não da morte física (Rm 3.23).
Ser
cristão não significa que não poderemos passar por essa experiência. Sem
dúvida, como seres humanos, nós sentimos a dor da perda, da separação. As
Escrituras não se opõem ao luto, mas, sim, à atitude de se deixar ser consumido
pelo luto.
Nas
palavras do apóstolo Paulo, podemos ficar “abatidos, mas não destruídos”. E
mais: podemos ser “atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não
desanimados; perseguidos, mas não desamparados” (2 Co 4.8,9).
Em
Deus encontramos conforto para as nossas dores e sofrimentos (Sl 46.1). [C]
A
Bíblia nos ensina o que devemos buscar o consolo de Deus (Jo 15.26) através do Espírito
Santo o nosso paracleto, ajudador e consolador, entendendo que tudo está debaixo
da vontade do Senhor e ter esperança por que em Cristo a nossa Fé ultrapassa os
limites do tumulo, os limites da morte. (I
Ts 4.13,14); (I Co 15.19); Ap 21.4).
Conclusão:
Com iniciei falando de um sermão que trouxemos
no púlpito de uma igreja, onde o tema era “A única certeza da vida é
a morte”,
entendemos mediante a Palavra de Deus que a morte é uma realidade para todos,
inclusive para os que professam sua fé em Cristo, que ela é a consequência do
pecado original, transmitida a todo ser vivo. Que a morte não é uma passagem
para outra vida em outro mundo em outro plano ou uma desencarnação de um espírito
que vaga de corpo em corpo buscando reencarnar para uma dita plenitude ou
aperfeiçoamento de um carma espiritual. A morte não é o ponto final da história
do homem. Mais o inicio de sua eternidade com Deus ou sem Deus.
A
minha Fé esta abalizada naquilo que a Bíblia diz, e ela fala que a o ser humano
é facultado morrer uma vez E, como aos homens está ordenado morrerem uma vez,
vindo depois disso o juízo. (Hebreus 9:27).
Portanto,
a morte não é o término de tudo, é o início da eternidade (Lc 16.22). Aos que
morreram em Cristo, está reservada a bem aventurança dos céus (Ap 14.13); a
eternidade com ELE; quanto aos ímpios, serão lançados no lago de fogo, que é a
segunda morte (Hb 9.27; Ap 20.11-15). A eternidade sem ELE o nosso Senhor
Jesus.
A minha única certeza na vida e que pela fé
venceremos a morte e viveremos na eternidade com Cristo, espero que a sua
também.
Termino
como o poema do saudoso irmão em Cristo, radialista, político, jornalista, advogado
e escritor Gióia Junior.
Eu sei que meu
Redentor vive
Gióia Júnior
Onde estou? eu não sei -
e nem sei onde estive
e nem onde estarei -
mas eu sei que Ele vive!
E como sei que vive
o meu Senhor e Rei,
sei que com Ele estive
e com Ele estarei!
Se há razão que motive
a paz, eis sua lei:
o meu Redentor vive
e eu também viverei!
Boa aula e Paz em Cristo!
Ev. Jailson
Trajano
Paulista- PE 13/07/2012
REFERÊNCIAS
•
STAMPS, Donald C. Bíblia de Estudo Pentecostal. CPAD
•
VINE, W. E et al. Dicionário Vine. CPAD
•
ANDRADE, Claudionor de. Dicionário Teológico. CPAD.
•
KASCHEL, Werner; ZIMMER, Rudi: Dicionário Da Bíblia De Almeida. 2
ed. 2005, SBB.
•
COELHO, Alexandre; DANIEL, Silas. Vencendo as aflições da vida.
CPAD.
• CHAMPLIN,
R.N. O Novo Testamento Interpretado versículo por Versículo. HAGNOS.
• CHAVE
Palavras, Bíblia de Estudo Hebraico e
Grego. RJ – CPAD, 2011.
•
SOCIEDADE BÍBLICA DO BRASIL. Concordância Exaustiva Do Conhecimento
Bíblico. 2005
• GEISLER,
Norman. Teologia Sistemática Volume 2 . RJ – CPAD, 2005
• WYCLIFFE.
Dicionário Bíblico. RJ –
CPAD, 2010.
[C]. http://www.rbc1.com.br/licoes-biblicas/index
Acesse nossas postagens com os nossos subsídios para
lições da EBD deste trimestre nos links abaixo:
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