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terça-feira, 25 de setembro de 2012

Conta de luz pré-paga - Sistema que será implantado em 2013


Entidades de defesa do consumidor e representantes da sociedade civil organizada criticaram nesta quarta-feira a proposta da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) de pagamento antecipado de energia elétrica apresentada durante audiência pública no Rio de Janeiro (RJ).

O sistema de pré-pagamento proposto pela Aneel prevê o uso de um medidor eletrônico, que deverá ser instalado gratuitamente pela distribuidora de energia elétrica e que terá leitura do consumo em tempo real. O consumidor poderá comprar diferentes valores, considerando-se como valor mínimo o equivalente a 1 quilowatt (kW) - o inicial será de 5 kW, a ser pago na primeira compra de créditos. Os créditos comprados não terão prazo de validade.

O ponto mais polêmico da proposta, similar à modalidade de celulares pré-pagos, é o que prevê a interrupção imediata do serviço no momento em que os créditos acabarem. Hoje as empresas são obrigadas a notificar o consumidor, com pelo menos 15 dias de antecedência, sobre a suspensão do serviço.
A assessora de projetos do Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), Teresa Liporace, argumentou que esse modelo é uma forma de burlar as garantias legais do consumidor.
"Estamos falando de um serviço essencial e essa autodesconexão do sistema pode representar um impacto na saúde, na segurança do cidadão e em sua qualidade de vida.

É um serviço que deve ser prestado de forma contínua. Se hoje existe um mecanismo que tenta recuperar o consumidor para que ele não perca esse acesso a um serviço essencial, com essa nova regulamentação, ele vai ser desconectado e ponto. Um problema a menos para a empresa, mas e para a sociedade? Onde está o interesse público dessa proposta?", questionou Teresa, que solicitou a suspensão do projeto até que se faça um estudo aprofundado sobre os impactos sociais e econômicos da nova modalidade.

O superintendente de Regulação de Comercialização de Eletricidade da Aneel, Marcos Bragatto, garantiu que a proposta inclui mecanismos de defesa do consumidor. "Quando esses créditos chegarem a níveis críticos, o próprio medidor vai alertar o consumidor com sinal sonoro e visual sobre a necessidade de se fazer nova compra.

 Caso ele não faça e os créditos se esgotem, ele pode ligar para a distribuidora gratuitamente e solicitar um crédito de emergência", disse. O representante da Aneel também ressaltou que a adesão é voluntária e que se o consumidor preferir poderá cancelar o plano e migrar para o modelo pós-pago sem empecilhos."É muito fácil compelir um consumidor com alta inadimplência a migrar para um processo desses. E a gente entende que o principal alvo são pessoas mais pobres, absolutamente vulneráveis, sem informação", rebateu Teresa. "E o pior é que se esse consumidor quiser recorrer, reclamar, ele terá que enfrentar todo problema que já existe no processo demorado de reclamação sem energia em casa."

Para o diretor da Aneel Edvaldo Santana, o pré-pagamento de energia traz vários benefícios para o consumidor. O principal deles é a redução significativa da tarifa de energia à medida que haja maior adesão dos clientes. "Existe uma incompreensão, mas acredito que o benefício seja bastante evidente, pois a redução da tarifa é um exemplo maior de benefício social", declarou.

Ele ressaltou que a Aneel pode rever a proposta e estudar o aumento do prazo para efetivação do corte de energia devido à falta de pagamento prévio. "Agora, claro, não pode aumentar muito esse prazo senão diminuem os benefícios, porque aumentam os custos (...) Mas a Aneel vai analisar as sugestões e por isso estamos realizando essas audiências."
Ele citou experiências de pré-pagamento em outros países como o Reino Unido, a África do Sul, a Colômbia e a Argentina. Segundo ele, nesses locais, os consumidores estão satisfeitos.

A representante do Procon-RJ Cláudia Henrique da Silva discordou do diretor da Aneel e disse que estudos recentes sobre esse modelo em outros países mostram que não houve redução da conta de energia para o consumidor médio. "Além de serem países com realidades e legislações bem diferentes da nossa, os estudos que fizemos sobre alguns desses lugares mostram que quem lucra (com o sistema pré-pago de energia elétrica) são as fábricas, comerciantes, indústrias. Nós, jamais. O consumidor em baixa escala não tem benefício nenhum."

O presidente da Associação de Moradores de Vigário Geral, João Ricardo Serafim, defendeu maior fiscalização por parte das autoridades nos serviços prestados pelas concessionárias de energia elétrica. Para ele, a tecnologia deve ser aplicada para melhorar a condição de vida dos moradores e não aumentar lucros das empresas. "Precisamos ter parâmetros preliminares, como a questão dos impostos e de diferenciação de energia para o desenvolvimento social e não para ganhar dinheiro. Para os pequenos comerciantes, por exemplo, o valor cobrado não pode ser igual ao de um shopping", declarou. "Essa é a discussão que temos que tratar aqui."

Os benefícios para as concessionárias são, principalmente, o fim dos custos com inadimplência, impressão e entrega de fatura, suspensão e religamento da energia.
Essa foi a nona audiência pública realizada pela Aneel no país para tratar do tema. A última delas ocorre amanhã (20) em Cuiabá. Sugestões podem ser enviadas por e-mail (ap048_2012@aneel.gov.br), fax (61-2192-8839) ou correspondência (SGAN, Quadra 603, Módulo 1, Térreo, Protocolo Geral, CEP 70.830-030, Brasília-DF) até o dia 25 deste mês.

A expectativa da Aneel é que a regulamentação do novo modelo de pagamento de energia elétrica seja publicada no início de 2013.  Fonte: Agência Brasil

Mesmo ficando informado deste assunto no ultimo dia para enviar sugestões e criticas a Aneel, enviei um email relatando minha opinião sobre o tema que penso de suma importância para a sociedade brasileira.

Segue abaixo o conteúdo do email enviado hoje dia 25 de setembro para agência reguladora de energia:

Boa tarde! Venho por meio deste email, comunicar minha opinião sobre a regulamentação do pré-pagamento da conta de luz no Brasil, particularmente acho que esse assunto não foi divulgado de uma maneira transparente, maciça e mais abrangente para que todos ficassem sabendo, para que os cidadãos pudessem avaliar e tirar suas conclusões e decidir individualmente sobre o assunto, que penso que seja de suma importância para sociedade brasileira.

Seria necessário pela sua importância mais divulgação e um tempo maior para se tirar as conclusões sobre esta mudança de pagamento.

 No mínimo é uma arbitrariedade e irresponsabilidade muito grande se esse projeto venha funcionar, sem passar pelo crivo da população que é usuária do serviço de prestação de serviço em fornecimento de energia, mesmo não sendo obrigatório para os usuários.

Hoje por meio de um programa de TV fiquei inteirado do projeto da Aneel, olhe que estou sempre conectado com os meios de comunicações em assuntos diferentes e penso que as audiências públicas deviam ir a todos os estados da federação com datas marcadas e locais, onde repito com total e antecipada divulgação nas mídias.

Peço como cidadão e usuário do serviço a agência regulamentadora que avalie e reflita sobre o que escrevi, acredito ainda que existam pessoas sérias que tem compromisso com a população e tenha a consciência que estão para servir e prestar o melhor serviço a população brasileira, como é a essência do funcionalismo público de uma nação.

Sem mais, até o presente momento aguardando retorno.

Um Cidadão Brasileiro;
Jailson Trajano

Segue abaixo uma explicação como irá funcionar este processo:

Através de um sistema, o consumidor receberá um cartão no qual carregará créditos em pontos de recarga, como bancas de revistas, supermercados e casas lotéricas. Por fim, é só colocar no medidor: ao acender a luz, ele já estará funcionando normalmente;
- quando os créditos estiverem chegando ao fim, o medidor deve emitir um alarme visual ou sonoro, piscando a luzinha e avisando ao consumidor que está na hora de botar crédito, senão, a energia será cortada;
- se você viajar e se esquecer de colocar créditos, é só solicitar um chamado de crédito de emergência, que terá valor cobrado na próxima recarga;
- o novo sistema não será obrigatório: nem as empresas, nem o consumidor precisarão aderir. O preço vai ser o mesmo. O que o governo estuda é isentar a tarifa mínima cobrada atualmente, e, com isso, trazer uma redução de custo como vantagem a quem quiser aderir o sistema. É só fazer as contas e ver o que é vantagem para o seu bolso!

Sugestões podem ser enviadas por e-mail (ap048_2012@aneel.gov.br), fax (61-2192-8839) ou correspondência (SGAN, Quadra 603, Módulo 1, Térreo, Protocolo Geral, CEP 70.830-030, Brasília-DF) até hoje dia 25/09.

Fontes: Globo.com/ Agência Brasil

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