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quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Líder muçulmano e seu filho são condenados por blasfêmia



Paquistão
Líder muçulmano e seu filho são condenados por blasfêmia
Eles foram sentenciados à prisão perpétua. Caso ocorre dias depois do assassinato de um governador que se opôs à polêmica lei da blasfêmia
Uma corte paquistanesa sentenciou um líder muçulmano e seu filho a passar a vida na cadeia simplesmente por derrubar e pisotear um cartaz de um evento para marcar o aniversário do profeta Maomé. Eles foram condenados por blasfêmia. O incidente ocorre dias depois do assassinato de um governador paquistanês que defendia o fim da polêmica lei que pune as pessoas que "ofendem o Islã".

Um líder cristão denunciou que a condenação desta terça-feira é a primeira por blasfêmia que resultou em uma sentença de prisão, já que a pena para este tipo de caso costuma ser a de execução, de acordo com a legislação local. A cristã Asia Bibi está no corredor da morte pelo mesmo crime, após ser acusada de insultar Maomé durante uma discussão com agricultores de Punjab, em junho de 2009. A sua condenação chocou o mundo.

Os muçulmanos Mohammad Shafi, de 45 anos , e seu filho, Mohammad Aslam, de 20, são acusados de blasfêmia após arrancar o pôster de um pilar do lado de fora de um pequeno supermercado no distrito de Muzaffargarh, também em Punjab. O advogado de defesa disse que vai apelar da sentença, alegando que as denúncias foram motivadas por diferenças sectárias, já que o denunciante pertencia a uma corrente religiosa islâmica sunita diferente à dos réus.

O incidente ocorre pouco mais de uma semana depois do assassinato do governador de Punjab, Salman Taseer, pelo seu próprio segurança. O criminoso confessou que o atacou por conta da postura de Taseer mais moderada em relação a leis conservadoras. O governador havia se manifestado abertamente contra a lei da blasfêmia e também se opunha aos talibãs e outros militantes islamitas refugiados no noroeste do país - que têm feito invasões a Punjab nos últimos anos.

Por mais irracional que pareça, cerca de 50.000 pessoas saíram às ruas de Karachi, no último domingo, em apoio ao assassino do governador e contra a revisão da lei. A atitude acirrou a discussão sobre a intolerância religiosa e os direitos humanos.
Fonte:Veja Online

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