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sábado, 13 de dezembro de 2008

Lição 11: A COMPLETUDE DA BÍBLIA


Lição 11


A COMPLETUDE DA BÍBLIA


Texto Áureo: Ap. 22.18 – Leitura Bíblica em Classe: II Pe. 1.16-21; 2.1
Objetivo: Mostrar que na Bíblia, conforme dispomos hoje, é completa, por isso, constitui-se em pecado grave adicionar, subtrair, substituir ou modificar quaisquer de suas partes.


INTRODUÇÃO

Nos dias atuais, como já nos tempos dos apóstolos, muitos se insurgem contra a Bíblia, adicionando, subtraindo, substituindo ou modificando seu conteúdo. Faz-se necessário que tenhamos o devido cuidado para não incorrermos no erro de ir além ou aquém do que nos fora revelado. Partindo dessa premissa bíblica, estudaremos na lição de hoje a respeito da ortodoxia bíblica, em seguida, sobre a completude da mensagem bíblica, e por fim, das formas de deturpação do texto bíblico.


1. A ORTODOXIA BÍBLICA

A palavra “ortodoxia” vem de dois termos gregos, “orto” – correta, e “doxa” – opinião. O significado desse termo, portanto, tem a ver com uma abordagem adequada em relação a determinado conteúdo. Em relação à Bíblia, a ortodoxia bíblica diz respeito à correta aproximação do texto. Devido a condição pecaminosa, o ser humano, desde os tempos antigos busca deturpar os ensinamentos de Deus. Após a revelação expressa do Senhor a Adão e Eva, em Gn. 3, Satanás os levou a interpretar mal a mensagem divina, levando-os a pecar. Eles também tiveram culpa por tomarem a iniciativa de subverter a palavra de Deus com vistas à satisfação de seus interesses egoístas. O Inimigo orientou-os a contradizer aquilo que já havia sido dito por Deus, que se comessem do fruto da árvore certamente morreriam. Eva fez um acréscimo à revelação, afirmando que não poderiam sequer “tocar” no fruto. O resultado de todo esse impasse foi o pecado, o distanciamento de Deus, o Criador. Do mesmo modo, muitos hoje buscam pensamentos humanos, afastando-se da revelação bíblica a fim de cumprir seus prazeres egoístas. São as doutrinas heterodoxas, produto da invencionice humana, que nada tem a ver com aquilo que nos fora dado no evangelho de Cristo.


2. A COMPLETUDE DA MENSAGEM BÍBLICA

A fim de não recairmos nas tendência heterodoxas, isto é, dos ensinamentos contrários à Bíblia, ou melhor, à ortodoxia, é preciso atentar para a completude, a suficiência da Bíblia. Somente podemos conhecer a Deus a partir da Sua auto-comunicação. Não podemos buscar o conhecimento de Deus em qualquer outra fonte senão aquela que Ele mesmo nos legou. Nesse sentido, dizemos que a Bíblia é completa, isto é, nela podemos encontrar tudo o que nos é necessário. Ela nos é suficiente para conhecermos quem é Deus, como Ele se relaciona conosco, e principalmente o que fez para que pudéssemos ser salvos da condenação do pecado. O pecado é uma realidade revelada pela Bíblia, após a criação o primeiro casal caiu, se rebelando contra o Criador (Gn. 3). Por meio da Bíblia podemos saber que existe apenas um mediador entre Deus e os homens, e este é Jesus Cristo, Ele é o caminho, a verdade e a vida (Jo. 14.6; At. 4.12; I Tm. 2.5). Temos a expectação da realização plena da salvação em sua dimensão escatológica, o momento no qual surgirão novos céus e terra (Is. 65.17; II Pe. 3.13; Ap. 21.1). Nós, os crentes em Cristo, aguardamos ansiosamente, e com esperança, o soar da trombeta, dia em que os mortos ressuscitarão e os vivos serão transformados (I Ts. 4.13-17). Enquanto esse dia não chega, a Bíblia nos instrui para que cresçamos em santificação (II Tm. 3.16,17).


3. AS DETURPAÇÕES DO CONTEÚDO BÍBLICO

Infelizmente, a Bíblia tem sido alvo de deturpações, isto é, de abordagens distantes daquilo a que ela se pretende. Algumas pessoas estão adicionando revelações estranhas à verdade bíblica, e, a esse respeito, temos uma contundente advertência em Ap. 22.18. Aqueles que acrescentam, de acordo com seus interesses escusos qualquer conteúdo à mensagem do evangelho, pagarão um preço caro. Outros, ao invés de adicionar, subtraem aquilo que acham ser pesado demais para suportar, principalmente os coniventes com o pecado, que não querem se dobrar diante dos ensinamentos de Deus. Esses também não ficaram impunes diante do julgamento divino, pois Deus não admite que sua mensagem seja alterada (Ap. 22.19). Fiquemos atentos para com aqueles que pregam outros evangelhos nas igrejas, evangelhos esses que Paulo jamais pregaria (Gl. 1.8). Existem hoje muitas traduções da Bíblia, com conteúdos modificados, traduções feitas por pessoas que sequer conhecem bem os idiomas bíblicos – hebraico e grego – cuja função não é outra senão acomodar sua pressuposições ao conteúdo dessas pseudo-bíblias. A deturpação também acontece sempre que acontece uma substituição da revelação bíblica por outra mensagem. Algumas igrejas adotam livros outros, colocando-os em posição de superioridade em relação à Bíblia, ou mesmo pondo seus dogmas e tradições humanas diante do evangelho de Cristo (Mc. 7.13). Nesses dias tão controvertidos para a igreja do Senhor, precisamos ter o cuidado necessário para não decairmos no engano da deturpação da Bíblia, ou mais especificamente, do evangelho genuino de Cristo.


CONCLUSÃO

Não precisamos de revelações outras que não se coadunem com a mensagem do evangelho de Cristo. A Bíblia nos é inteiramente suficiente e, para isso, é válido lembrar a célebre declaração latina dos reformadores - Sola Scriptura – somente a Bíblia deve ser a regra de fé e prática dos cristãos. Isso não quer dizer que não podemos ler bons livros, ouvir mensagens pregadas, mas tudo o que venhamos a ouvir ou ler deva passar pelo crivo da Palavra de Deus, que não pode ser aumentada nem diminuída, pois todo aquele que o fizer prestará contas Aquele vela pela Sua Palavra para cumprir.

BIBLIOGRAFIACOMFORT, P. W. (ed.)

A origem da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 1998.SILVA, A. G.

A Bíblia através dos séculos. Rio de Janeiro: CPAD, 2003.

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