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segunda-feira, 24 de novembro de 2008

Lição 09 A INERRÂNCIA DA BÍBLIA


Lição 09

A INERRÂNCIA DA BÍBLIA

Texto Áureo: Jr. 1.12 – Leitura Bíblica em Classe: Sl. 119.89-99
Objetivo: Mostrar que a Bíblia é a fiel e verdadeira Palavra de Deus, digna de aceitação por ter sido inspirada pelo Espírito Santo e que os textos disponíveis à igreja atualmente são dignos de confiança, cuja comprovação pode ser dada pelo cumprimento das profecias bíblicas.

INTRODUÇÃO

A Bíblia, ao longo desses últimos anos, tem sido objeto de ataque do liberalismo teológico. Alguns questionam a fidelidade e a infalibilidade dos textos bíblicos. A fim de refutar a essas teorias, veremos, na lição de hoje, que a Bíblia é digna de total confiança. A princípio, mostraremos que a razão primária dessa confiança está na inspiração do Espírito. Em seguida, ressaltaremos a confiabilidade que podemos ter nos textos bíblicos os quais dispomos na atualidade. Por fim, apontaremos o cumprimento de algumas profecias bíblicas que demonstram a fidedigndade do texto bíblico.

1. A INERRÂNCIA E INFALIBILIDADE BÍBLICA

O doutrina da “inerrância” tem sido instrumento de forte embates teológicos nesses últimos anos. Em sentido geral, esse termo dá idéia de que a Bíblia é completamente isenta de erros. Os estudiosos da Bíblia concordam que a inerrância se refere fundamentalmente à confiabilidade e à autoridade das Escrituras como Palavra de Deus, a qual informa ao homem, conforme II Tm. 3.16,17, a necessidade de Cristo para a salvação. Para alguns outros, esse termo deva ser estendido, abarcando também os aspectos científicos e históricos da Bíblia. O fundamento primordial para a autoridade bíblica está em sua inspiração sobrenatural, provida pelo Espírito Santo (II Pe. 1.21). Mas a Bíblia não é de autoria apenas divina, Deus usou os escritores sacros, respeitando seus estilos e conhecimentos próprios, ainda que os supervisionando na composição do texto sagrado (II Tm. 3.16,17). O livro dos salmos traz uma série de revelações a respeito da eficácia da Palavra de Deus. É dito que ela é correta (Sl. 33.4), perfeita (Sl. 19.7; pura (Sl. 119.140). De fato, o Deus que fala na Bíblia não mente, não erra e não falha (Nm. 23.19; Tg. 1.17), por isso, Jesus afirmou que a Palavra de Deus é a verdade (Jo. 17.17). Para Paulo, ela é fiel e verdadeira, digna de toda aceitação (I Tm. 4.9; Tt. 3.8). Conforme o testemunho de Jesus, cremos que ela é infalível (Jo. 10.35), pois Deus cumpre os seus propósitos através dela (Is. 55.10,11; Jr. 1.12), sendo comparada a fogo e martelo (Jr. 23.29) e a uma espada cortante de dois gumes (Hb. 4.12).

2. A CONFIABILIDADE NOS TEXTOS BÍBLICOS

O texto bíblico é de total confiança para a igreja, isso porque, primeiramente, não se trata de um livro meramente humano, sua autoria primordial é divina. Ainda que os relatos humanos nela existentes reflitam o estilo e o conhecimento dos autores, dentro de um determinado contexto histórico, o Espírito Santo os direcionou para que a mensagem do evangelho nos fosse revelada. Um questionamento que alguns céticos tendem a fazer é se o texto bíblico que temos em mãos, nos dias atuais, seria o mesmo dos tempos primitivos, do punho dos escritores, haja vista que, conforme sabemos, os originais não mais estão à disposição. Para isso, existe uma ciência cuja preocupação central é a comparação e a identificação do texto bíblico. A crítica textual da Bíblia, quando analisa os manuscritos antigos das Escrituras, tem observado que não existem diferenças significativas entre os textos antigos e os que dispomos nos dias de hoje. A descoberta dos manuscritos do Mar Morto, as citações nos livros dos Pais da Igreja, as várias cópias existentes nas diversas partes do mundo, nos dão confiança de que o texto bíblico moderno é autentico. Em relação ao Novo Testamento, basta citar que: 1) as diferenças entre os manuscritos gregos totalizam menos de dois terços de uma página; 2) existem cerca de 5.300 manuscritos de parte ou de todo o Novo Testamento, comparados e que não têm distanciamentos significativos; 3) existem diferentes versões do Novo Testamento ainda do século II e III, os quais, quando comparados, estão em consonância com o texto que dispomos nos dias atuais. Em relação ao Antigo Testamento, basta ressaltar o cuidado com o qual os escribas tinham na reprodução do texto sagrado. Caso o escrito ficassem envelhecido, eles preferiam descartá-lo a continuar usando-o e comprometer a fidelidade do texto.

3. O CUMPRIMENTO DA PROFECIAS BÍBLICAS

Jesus disse que os céus e a terra passariam, mas as suas palavras permaneceriam para sempre. O cumprimento das profecias bíblicas, de fato, é uma das provas da fidedignidade da Palavra de Deus. Existem várias profecias bíblicas que já se cumpriram, algumas delas ainda se cumprirão no futuro. Para efeito de exemplificação, destacaremos algumas profecias bíblicas já cumpridas: Sl 22: 1,7,8,18, escrito em 1000 a. C., se cumpriu em Mt. 27.35-40, no ano 33 d. C., - Is. 7.14, escrito em 720 a. C., se cumpriu em Mt. 1.18-25; no ano 5 d. C., - Is. 53.4-6,12, escrito em 700 a. C., se cumpriu em Mt. 8.17,26,63,27 e 27.57, em 33 d. C., muitas outras profecias se cumpriram em relação a Cristo. Sobre Israel, destacamos: a escravidão no Egito (Gn. 15.13-15) profetizada em 2000 a. C, tendo seu cumprimento em 1700 a 1300 a. C., registrado em Ex. 14.26-31 e At. 7.1-36; o cativeiro de Israel (Jr. 25.11), profetizado em 610 a. C., cujo cumprimento se deu em 588 a. C., registrado em Jr. 39.1-8; o retorno do Exílio (Jr. 29.10), profetizado em 610 a. C. e com cumprimento em 518 a. C., registrado em Ed. 1.1-5. Essas são apenas algumas das várias profecias para Israel e de outras que ainda haverão de se cumprir. Para as nações, em Dn. 2.31-45, é profetizado, em 590 a. C., o surgimento de quatro impérios mundiais, o que aconteceu em 780 a 550 a.C.550 a 380 a.C.380 a 100 a.C.100 a.C. a 300 d.C., em relação à Babilônia, Pérsia, Grécia e Roma., a destruição de Ninive também fora profetizada em 660 a. C., (Naum 3.1-7) cujo cumprimento se deu em 612 a. C., pelos babilônios e os medos.

CONCLUSÃO

Diante de tudo que estudamos na aula de hoje, podemos ter a firme convicção de que a Bíblia é digna de total confiança. Os autores bíblicos foram guiados e supervisionados na inspiração pelo Espírito Santo. Ao longo da história, aqueles que foram responsáveis pela transmissão do texto foram cautelosos a fim de preservar seu conteúdo original, a prova disso são os achados arqueológicos. O cabal cumprimento das profecias bíblicas alardeiam, em alto e bom som, que o Deus da Bíblia fala e que nenhuma das suas palavras deixará de se cumprir.

BIBLIOGRAFIA
GEISLER, N., NIX, W. Introdução bíblica. São Paulo: Vida, 1997.
GEISLER, N. (Org.). A inerrância da Bíblia. São Paulo: Vida, 2003.

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