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terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Lição 12 - A IGREJA SERVA DA BÍBLIA


A IGREJA SERVA DA BÍBLIA
Texto Áureo: Jo. 14.23 – Leitura Bíblica em Classe: Sl. 119.41-50
Objetivo:
Mostrar que a verdadeira igreja de Cristo tem a Bíblia por fundamento, e a ela se submete em todas as coisas.
INTRODUÇÃO
Um dos problemas cruciais, ao longo da história da igreja, foi a identificação do papel que a Bíblia deveria ocupar em relação à igreja. Ciente dessa problemática, analisaremos, na lição de hoje, a relação entre a Igreja e a Bíblia. A princípio, mostraremos como o Catolicismo Romano abordou essa questão, em seguida, veremos o posicionamento adotado pela Reforma Protestante. Ao final, refletiremos a respeito da importância do resgate a esse princípio reformado, restaurando, a igreja, à condição de serva da Palavra de Deus.
1. A IGREJA E O CÂNON DA BÍBLIA
Ao longo da história da igreja houve uma tensão entre a autoridade eclesiástica e a bíblica, e essa se tornou mais intensa na constituição do cânon. A palavra “cânon” significa “vara de medir”, “regra” e “norma”. No sentido teológico, refere-se à identificação dos livros que de fato foram inspirados pelo Espírito Santo para a instrução e salvação em Jesus Cristo (II Tm. 2.15-17). A igreja, no ano de 397 d. C., a partir de determinados critérios, entre eles, a autoridade do autor do livro e a evidência interna de inspiração, elegeu os livros que deveriam compor a Bíblia. A canonicidade, por conseguinte, fora determinada pela inspiração, não pela igreja. É Deus, e não a igreja, quem valida a autoridade da Bíblia. O sentido de “cânon” é aplicado, às Escrituras, em sua acepção ativa, isto é, a Bíblia, e somente esta, é a norma de fé e prática da Igreja. A verdade transmitida pelas Escrituras Sagradas, e por nenhum outro meio, é que constituiu cânon ou fundamento das verdades da fé. Os 29 livros do Antigo Testamento, e os 27 do Novo, que atualmente compõem a Bíblia, baseados em critérios, prioritariamente internos (no texto bíblico), e posteriormente, externos (no contexto eclesiástico), fundamentados na inspiração do Espírito Santo, perfazem os 66 livros da Bíblia

.2. CATOLICISMO: A BÍBLIA SERVA DA IGREJA
Ainda que a Igreja Católica Romana dê certa proeminência à Bíblia, seus teólogos, freqüentemente, a subordinam à tradição. O Concílio Vaticano II afirmou que tanto a Escritura quanto a tradição são sagradas e têm, ambas, procedência divina. Nessa concepção, a Igreja estaria investida de autoridade para determinar o que deva ser crido, ainda que uma determinada crença esteja em desacordo com a Bíblia. Como resultado dessa posição, muitos dogmas surgiram, ao longo da história do catolicismo romano, os quais não se coadunam à revelação bíblica, basta citar, como exemplos, a Assunção de Maria e a Infalibilidade Papal. No período da Idade Média, o conceito de Escritura, dentro do Catolicismo, foi ampliado a fim de abranger não só os escritos bíblicos, bem como os apócrifos e os textos dos país da igreja que eram considerados normativos.
3. REFORMA: A IGREJA SERVA DA BÍBLIA
A Reforma Protestante não rejeitou a tradição cristã, mas a subordinou ao crivo da Escritura. A máxima Sola Scriptura – somente a Escritura – norteou o pensamento dos reformadores, principalmente diante do embate teológico com a Igreja Romana. De acordo com Lutero, “a igreja de Cristo não tem poder para estabelecer qualquer artigo de fé, nunca estabeleceu e jamais estabelecerá qualquer um deles”. O teólogo protestante Karl Barth afirmou, com bastante propriedade, que “a Escritura está nas mãos da igreja, mas não debaixo do poder da igreja”. De modo que, para o pensamento reformado, a igreja deva interpretar a Bíblia sob a direção do Espírito Santo, pois é Ele quem aprofunda, amplia e ilumina a verdade bíblica para a igreja (I Co. 2.10-14). A igreja precisa ter cautela para não impor a sua agenda ao Espírito e a Escritura, manipulando textos em conformidade com seu interesse.
4. A SUBMISSÃO DA IGREJA À PALAVRA
Seguindo o princípio reformado, a Igreja busca na tradição bíblica o alicerce para sua fé e prática. O compromisso da igreja cristã é com a verdade, não aquela resultante de meras discussões humanas, mas da Palavra de Deus (II Co. 4.1,2). A exposição da Bíblia, nos púlpitos das igrejas evangélicas, precisa se tornar prática comum. Essa atitude é necessária porque, em virtude dos movimento pós-pentecostais (denominados por alguns de neopentecostais) colocarem a experiência humana acima da Palavra de Deus. É tarefa da igreja a proclamação da mensagem do evangelho de Jesus Cristo conforme testemunhado por profetas e apóstolos (Mt. 28.19,20; Mc. 16.16). Faz-se necessário também que se retorne à exposição bíblica, isto é, à prática de ler um texto, melhor ainda, um livro da Bíblia, fazer a explanação versículo por versículo, deixando que Deus fale e que Seu Espírito, por meio do ensinador, aplique a Palavra às igrejas. Algumas agremações religiosas usam a Bíblia, mas a transformam numa “colcha de retalhos”. Há pregadores que coletam os versículos bíblicos de acordo com seus interesses pessoais. A submissão à Palavra de Deus se dá através da leitura e exposição textual, sem deixar de considerar o estudo exegético, e, ao mesmo tempo, de dar liberdade ao Espírito para falar aos corações.
CONCLUSÃO
A igreja de Jesus não se deixa levar por tradições humanas, não é escrava da razão ou dos interesses subjetivos de quem quer que seja. Ela se dobra diante da Palavra de Deus, é a Bíblia, e não qualquer outro livro ou pensamento que dita as regras de fé e prática daqueles que estão em Cristo. Toda igreja genuinamente evangélica prima pela exposição bíblica a fim de ouvir o que o Espírito tem a dizer e a obedecê-LO (Ap. 2.7,11.16).
AUTOR:Pb. José Roberto A. Postado no site: http://subsidioebd.blogspot.com/
BIBLIOGRAFIA
COMFORT, P. W. (ed.) A origem da Bíblia. Rio de Janeiro: CPAD, 1998.DYCK, E. (ed.) Ouvindo a Deus. São Paulo: Shedd Publicações, 2001.
postado por subsídioEBD @ 2:04 AM

2 comentários:

Klauber Maia disse...

Este artigo é de autoria do Pb. José Roberto A. Barbosa e está publicado no seu blog subsidioebd.blogspot.com
O irmão deve citar o autor do artigo e a fonte, para dar o devido crédito.

Ev.Jailson Trajano disse...

Já postei o comentário querido Klauber com o nome do nosso querido Pb.José Roberto,
Agradeço sua colaboração e atenção.
Fique na paz!